Escrito por José Eduardo – Ecx Card
A Ciência Econômica e a área de Recursos Humanos possuem muito mais semelhanças do que as pessoas, em geral, imaginam. Ambas as áreas tentam estudar, gerir e organizar o comportamento de outros indivíduos com o objetivo de resolver problemas. Um dos principais focos de um economista é estudar o comportamento e as interações econômicas de diversos indivíduos para tentar sugerir políticas públicas ao Estado. Assim como um economista, um gestor de RH tem como um dos seus principais objetivos melhorar a eficiência das interações dos colaboradores dentro de sua empresa para maximizar os resultados da organização e o bem-estar de todos os envolvidos.
A semelhança entre essas duas áreas do conhecimento é tamanha que existem vários conceitos e ferramentas utilizados por economistas que podem ser aplicados na área de Recursos Humanos de uma maneira interessante e gerando bons resultados. Um exemplo disso é a Teoria do Consumidor de Microeconomia. Nela, os economistas conseguem estimar as preferências de um grupo de indivíduos, as quais podem ser representadas por funções matemáticas que nos mostram como o bem-estar desses indivíduos se comportam. Logo é possível analisar como o consumo de alguns bens impactam na variação do bem-estar dos indivíduos analisados, podendo ser utilizadas por departamentos de RH que desejam saber como o bem-estar dos colaboradores de sua empresa variam de acordo com mudanças de políticas de incentivo.
Do mesmo modo, ferramentas e processos da gestão de Recursos Humanos podem impactar positivamente o desempenho econômico de qualquer empresa ou instituição. Por exemplo: existem diversos estudos de renomadas universidades americanas como o MIT (Massachusetts Institute of Technology) que comprovam, através de pesquisa empírica, que uma gestão mais participativa coordenada pelo RH pode aumentar a produtividade e consequentemente o retorno sobre o capital investido.
Portanto, as duas áreas do conhecimento podem utilizar mutuamente conceitos e até mesmo algumas ferramentas incomuns, uma vez que o intuito de ambas é promover soluções que melhorem as interações entre as pessoas, capacitem o capital humano e melhorem o nível de bem-estar e produtividade, seja em uma empresa ou em um país inteiro.