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Ausência de feedback prejudica o desempenho

A ausência de feedback constante e de reconhecimento nas organizações é um desafio que impacta diretamente o desenvolvimento das equipes. Embora o feedback seja uma ferramenta poderosa de crescimento, muitos líderes hesitam em oferecê-lo, seja por medo de causar desconforto, falta de confiança ou por acreditarem que, sem erros aparentes, não há necessidade de retornar. Essa omissão prejudica o desempenho, criando um vácuo de expectativas e impedindo o aperfeiçoamento dos colaboradores.

O reconhecimento também é frequentemente tratado de forma simplista, sendo associado apenas a bônus ou premiações anuais. No entanto, a verdadeira valorização vai além do financeiro: é diária, genuína e emocional. Quando os líderes escutam e valorizam o trabalho de seus colaboradores, criam uma conexão emocional que é crucial para a motivação e o engajamento a longo prazo. Daniel Pink (autor de diversos livros sobre negócios e comportamento), em “Motivação 3.0”, destaca três pilares da motivação intrínseca: autonomia, maestria e propósito, que são fundamentais para criar um ambiente de trabalho onde as pessoas se sintam responsáveis, engajadas e alinhadas com a missão da organização.

Por outro lado, a cultura organizacional é um fator invisível que molda os resultados da empresa. Ela não se limita a valores estampados em documentos, mas se revela nas ações cotidianas e nas atitudes dos líderes. A tolerância a comportamentos tóxicos, criam um ciclo vicioso que mina a motivação e afeta diretamente a performance da empresa. Quando líderes incentivam ou ignoram esses comportamentos, eles estabelecem uma “política não escrita” que desmotiva bons profissionais e impacta negativamente os resultados organizacionais.

A congruência entre as palavras e ações dos líderes é essencial para garantir uma cultura positiva. Líderes que praticam integridade e respeito não apenas criam um ambiente saudável, mas também impulsionam a performance da organização. A mudança começa no topo, mas depende da colaboração de todos, sendo fundamental refletir sobre o que está sendo incentivado ou permitido dentro da cultura organizacional. O futuro da organização é moldado pelas atitudes e decisões de hoje.

Cristina Stiebler

CHRO no Grupo Zelo, executiva de Recursos Humanos e especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Conselheira Estratégica da ABRH-MG, com sólida experiência na gestão estratégica de Pessoas, Cultura e Desenvolvimento de Lideranças.

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